Força Estranha
(Caetano Veloso)
Eu vi o menino correndo eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo não pára pr'eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou
| Por isso uma força me leva a cantar
| Por isso essa força estranha
| Por isso é que eu canto não posso parar
| Por isso essa voz tamanha
Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol
É a estrada
É o tempo
É o pé
E é o chão
Eu vi muitos homens brigando ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada
É o sol
Neste blog pretendo reviver lembranças de "escritos" antigos e outros mais novos, meus e de pessoas que admiro.
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2 comentários:
vim cantar... cantei... cantei... e cantei...
quando era pequena me lembro das minhas irmãs mais velhas cantando Gal Costa... eu ouvi junto e já gostava... Adoro o Caetano antigo... a Gal antiga... uma pena essas músicas ficarem em cds nas nossas casas, queria que tocassem nas rádios... e as pessoas pudessem ouvir MÚSICA e não esses barulhos sem sentido e de tanta vulgaridade... Ai ai, deixa eu voltar a cantar...
Obrigada minha amiga, fez um bem pra mim nessa manhã... Beijinhos. Su.
É perfeito, este texto.
A interpretação de Gal Costa, superior.
Já fui muito feliz ouvindo esta música.
Beijos,
Nina
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