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sábado, 15 de outubro de 2011

DIA DO PROFESSOR

Professor é o sal da terra e a luz do mundo.
Sem vós tudo seria baço, e a terra escura.
Professor, faz de tua cadeira a cátedra de um mestre.
Se souberes elevar teu magistério, ele te elevará à magnificência...
... Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Melhor professor nem sempre é o de mais saber e, sim,
aquele que, modesto, tem a faculdade de manter o respeito e a disciplina da classe.

[Cora Coralina]

terça-feira, 11 de outubro de 2011

CASIMIRO DE ABREU ---- AS PRIMAVERAS


 Um dia -além dos Órgãos,na poética Friburgo-isolado dos meus companheiros de estudo,tive saudades
da casa paterna e chorei.

Era de tarde; o crepúsculo descia sobre a crista das montanhas e a natureza como que se recolhia para entoar o cântico da noite; as sombras estendiam-se pelo leito dos vales e o silêncio tornava mais solene a voz melancólica do cair das cachoeiras. Era a hora da merenda em nossa casa e pareceu-me ouvir o eco das risadas infantis de minha mana pequena! As lágrimas correram e fiz os primeiros versos da minha vida, que intitulei – Às Ave-Marias: – a saudade havia sido a minha primeira musa.

Era um canto simples e natural como o dos passarinhos, e para possuí-lo hoje eu dera em troca este volume inútil, que nem conserva ao menos o sabor virginal daqueles prelúdios!

Depois, mais tarde, nas ribas pitorescas do Douro ou nas várzeas do Tejo, tive saudades do meu ninho das florestas e cantei; a nostalgia me apagava a vida e as veigas visonhas do Minho não tinham a beleza majestosa dos sertões.

Eu era entusiasta então e escrevia muito, porque me embalava à sombra duma esperança que nunca pude ver realizada. Numa hora de desalento rasguei muitas dessas páginas cândidas e quase que pedi o bálsamo da sepultura para as úlceras recentes do coração; é que as primeiras ilusões da vida, abertas de noite – caem pela manhã como as flores cheirosas das laranjeiras!

Flores e estrelas, murmúrios da terra e mistérios do céu, sonhos de virgem e risos de criança, tudo o que é belo e tudo o que é grande, veio por seu turno debruçar-se sobre o espelho mágico da minha alma e aí estampar a sua imagem fugitiva. Se nessa coleção de imagens predomina o perfil gracioso duma virgem, facilmente se explica: – era a filha do céu que vinha vibrar o alaúde adormecido do pobre filho do sertão.
Rico ou pobre, contraditório ou não, este livro fez-se por si, naturalmente, sem esforço, e os cantos saíram conforme as circunstâncias e os lugares os iam despertando. Um dia a pasta pejada de tanto papel pedia que lhe desse um destino qualquer, e foi então que resolvi a publicação das – Primaveras; depois separei muitos cantos sombrios, guardei outros que constituem o meu – livro íntimo – e no fim de mudanças infinitas e caprichosas, pude ver o volume completo e o entrego hoje sem receio e sem pretensões.

Todos aí acharão cantigas de criança, trovas de mancebo, e raríssimos lampejos de reflexão e de estudo: é o coração que se espraia sobre o eterno tema do amor e que soletra o seu poema misterioso ao luar melancólico das nossas noites.

Meu Deus! que se há de escrever aos vinte anos, quando a alma conserva ainda um pouco da crença e da virgindade do berço? Eu creio que sempre há tempo de sermos homem sério, e de preferirmos uma moeda de cobre a uma página de Lamartine1.

De certo, tudo isto são ensaios; a mocidade palpita, e na sede que a devora decepa os louros inda verdes e antes de tempo quer ajustar as cordas do instrumento, que só a madureza da idade e o trato dos mestres poderão temperar.

O filho dos trópicos deve escrever numa linguagem – propriamente sua – lânguida como ele, quente como o sol que o abrasa, grande e misteriosa como as suas matas seculares; o beijo apaixonado das Celutas deve inspirar epopéias como a dos – Timbiras – e acordar os Renés enfastiados do desalento que os mata. Até então, até seguirmos o vôo arrojado do poeta de – I-Juca-Pirama2 – nós, cantores novéis, somos as vozes secundárias que se perdem no conjunto duma grande orquestra: há o único mérito de não ficarmos calados.

Assim, as minhas – Primaveras – não passam de um ramalhete das flores próprias da estação, – flores que o vento esfolhará amanhã, e que apenas valem como promessa dos frutos do outono.
Rio – 20 de Agosto – 1859.

CASIMIRO DE ABREU.



domingo, 9 de outubro de 2011

O ESPELHO DE GANDHI

O caminho para a felicidade não é
 
reto.
Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS,
existem semáforos chamados AMIGOS,
luzes de cautela chamadas FAMÍLIA,
e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO,
um motor poderoso chamado AMOR,
um bom seguro chamado Fé,
combustível abundante chamado PACIÊNCIA,
mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade
.
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis​​, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame"
 
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