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sábado, 19 de novembro de 2011



Todos dormem e só se ouve o barulho do teclado,enquanto digito...e as lembranças vão chegando,acionadas pelo "todos dormem"...
Aos quinze anos,sonhos povoavam sua mente de menina moça,recém saída da infância e já pensando como mulher,numa época em que se amadurecia cedo para as labutas domésticas,mas se era considerada menina para frequentar os bailes da vida...o pai,carinhoso e protetor era severo em se tratando das diversões,tão normais para as outras meninas de sua idade...e aos seus pedidos e argumentos"-Todas as minhas amigas vão,pai",a resposta era sempre a mesma:-"Você não é todo mundo",e não se podia retrucar,falou,tá falado...ninguém se atrevia a
responder aos pais naquela época.E foi naquela época que nasceu o irmão caçula e ela foi promovida a mãe,sem parir.
    E,é desta época,também,a lembrança da música de Dorival Caymmi,Acalanto,fio condutor destas reminiscências...para ninar o irmãozinho,era esta a melodia preferida e,mais tarde,os filhos que vieram.
É tão tarde
A manhã já vem,
Todos dormem
A noite também,
Só eu velo
Por você, meu bem
Dorme anjo
O boi pega Neném;
Lá no céu
Deixam de cantar,
Os anjinhos
Foram se deitar,
Mamãezinha
Precisa descansar
Dorme, anjo
Papai vai lhe ninar:
"Boi, boi, boi,
Boi da cara preta
Pega essa menina
Que tem medo de careta". (2X)


Um comentário:

manuela barroso disse...

Leninha querida,

E parece que aí como aqui, os costumes cortaram os ares para se prenderem nos nossos cabelos...
E a juventude ficou presa minha querida, nos fios das nuvens que passam e jã não são nossos.O nosso tempo passou.Agora, fica a saudade das bonecas que ficaram por vestir. Vieram a seguir outras bonecas que tivemos que adormecer noites e noites, perdendo-nos de nós. E os outros, as outras não éramos nós! E agora?
Ah! Upa! Quero vestir-me de alegria! Com as cores que tu pões na tua amizade, minha querida amiga!
O teu post...está demais, Leninha!
Aquele abraço enormeeee