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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

REPUBLICAÇÃO

Canção da Minha Ternura
Rondaste o meu castelo solitário
como um rio de vozes e de gestos;
baixei as minhas pontes fatigadas
e conheci teus lumes, teus agrados
teus olhos de ouro negro que confundem;
andei na tua voz como num rio
de fogo e mel e raros peixes belos,
cheguei na tua ilha e atrás da porta
me deste o banquete dos ardores
teus

Mas às vezes sou quem volta
a erguer as pontes e cavar o fosso
e agora em sua torre, ternamente,
sem mágoa se debruça nas varandas
vendo-te ao longe , barco nessas águas,
querendo ainda estar se regressares
-porque seria pena naufragarmos
se poderias ter, sem tantas dores,
viagens e chegadas nos amores meus.
Lya Luft

2 comentários:

tecas disse...

Lindo poema de Lya Luft, querida Leninha.
«Mas às vezes sou quem volta
a erguer as pontes e cavar o fosso
e agora em sua torre, ternamente,
sem mágoa se debruça nas varandas
vendo-te ao longe , barco nessas águas,
querendo ainda estar se regressares...»
Muito bom gosto nos seus poemas de ternura.
Bjito amigo e um bom fim de semana.

manuela barroso disse...

Um poema, Leninha, que sabe a saudade e com uma certa nostalgia...
mas é sempre tempo de lançar pontes, sempre tempo de saborear as margens de um rio de que ambas tanto gostamos!
E não sabia que esta é a tua casa favorita!
Então deixa-me ficar aqui!
Bji, minha querida!