Frida Kahlo, artista plástica mexicana, de Coyoacán, México. Uma revolucionária e libertária. Sobressaiu-se ao lado das vanguardas, principalmente do surrealismo. Seu legado mostra à civilização sua sensibilidade ainda hoje. Filha de um fotógrafo judeu-alemão e uma mestiça mexicana.
Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias e grandes angústias; aos seis anos contraiu poliomielite e permaneceu um longo tempo de cama. Recuperou-se, mas sua perna direita ficou afetada. Teve de conviver com um pé atrofiado e uma perna mais fina que a outra.
Quando pode assimilar melhor essa deficiência, o ônibus em que estava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu múltiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama.
O encontro com Diego Riveras resultou em casamento em 1929. Ele foi o pintor mexicano mais importante do século 20 e fez parte do movimento muralista, que defendia a arte acessível.
Rivera, ajudou Frida a revelar-se como artista. A paixão de Frida por Diego é circunscrita numa relação amorosa bastante tumultuada: (...) eu o amo mais que a minha própria pele (...) .
Através da história de Frida podemos fazer várias interrogações sobre a vida amorosa.
Que lugar dar ao homem em sua vida, sem fazer dele a sustentação de sua existência?
Como se identificar imaginariamente com o desejo dele?
Estas são perguntas que se colocam para muitas mulheres. Através de Freud entendemos que a feminilidade é instaurada para uma mulher quando o desejo de pênis é substituído pelo desejo de filho, eis o desejo da feminilidade efetuada, realizada.
O desejo feminino estaria relativizado através de uma equação fálica: ter um filho. Através da história de Frida, vamos perceber que uma das grandes angústias foi, justamente, a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final). Muitos dos seus quadros representam isso.
Poderíamos perguntar quanto à questão do desejo feminino, qual a função do filho? Se o filho vem tamponar a falta, respondendo ao lugar de desejo, isto não quer dizer que ele se situe como um objeto de desejo da mulher. O pertencimento do pênis real ao parceiro em quem ela vai encontrar seu significante do desejo, faz com que ela esteja ligada a este homem de forma unívoca?
Quem é o Outro para a mulher?
Foi pensando na comparação imaginária entre os corpos que Freud fez surgir a descoberta da castração do outro pela criança. Menino e menina se deparam com a castração do Outro: um episódio da experiência infantil que pode se atingir, ser encontrado num percurso de uma análise
pelo analisando, na maioria das vezes, sob a forma de um traumatismo. Ou seja, para a mãe existe também a castração. Ela está submetida a uma lei; e isto faz com que a alteridade na sexualidade se encontre desnaturalizada.
Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias e grandes angústias; aos seis anos contraiu poliomielite e permaneceu um longo tempo de cama. Recuperou-se, mas sua perna direita ficou afetada. Teve de conviver com um pé atrofiado e uma perna mais fina que a outra.
Quando pode assimilar melhor essa deficiência, o ônibus em que estava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu múltiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de sua cama.
O encontro com Diego Riveras resultou em casamento em 1929. Ele foi o pintor mexicano mais importante do século 20 e fez parte do movimento muralista, que defendia a arte acessível.
Rivera, ajudou Frida a revelar-se como artista. A paixão de Frida por Diego é circunscrita numa relação amorosa bastante tumultuada: (...) eu o amo mais que a minha própria pele (...) .
Através da história de Frida podemos fazer várias interrogações sobre a vida amorosa.
Que lugar dar ao homem em sua vida, sem fazer dele a sustentação de sua existência?
Como se identificar imaginariamente com o desejo dele?
Estas são perguntas que se colocam para muitas mulheres. Através de Freud entendemos que a feminilidade é instaurada para uma mulher quando o desejo de pênis é substituído pelo desejo de filho, eis o desejo da feminilidade efetuada, realizada.
O desejo feminino estaria relativizado através de uma equação fálica: ter um filho. Através da história de Frida, vamos perceber que uma das grandes angústias foi, justamente, a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final). Muitos dos seus quadros representam isso.
Poderíamos perguntar quanto à questão do desejo feminino, qual a função do filho? Se o filho vem tamponar a falta, respondendo ao lugar de desejo, isto não quer dizer que ele se situe como um objeto de desejo da mulher. O pertencimento do pênis real ao parceiro em quem ela vai encontrar seu significante do desejo, faz com que ela esteja ligada a este homem de forma unívoca?
Quem é o Outro para a mulher?
Foi pensando na comparação imaginária entre os corpos que Freud fez surgir a descoberta da castração do outro pela criança. Menino e menina se deparam com a castração do Outro: um episódio da experiência infantil que pode se atingir, ser encontrado num percurso de uma análise
pelo analisando, na maioria das vezes, sob a forma de um traumatismo. Ou seja, para a mãe existe também a castração. Ela está submetida a uma lei; e isto faz com que a alteridade na sexualidade se encontre desnaturalizada.
Maria de Fátima Ferreira Péret - Psicóloga
Um comentário:
Frida Kahlo...
Creio que a vida de Frida Kahlo nos foi um perfeito dicionário sobre a vida, contém os conceitos para as mais diversificadas nuances que se nos apresentam no que chamamos existência...
Abrços Leninha!
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