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quinta-feira, 8 de março de 2012

UM POUCO DE MIGUEL TORGA




Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
e que nele posso navegar sem rumo,
não respondas
às urgentes perguntas
que te fiz
Deixa-me ser feliz
Assim,
 Já tão longe de ti  como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto
Só soubemos sofrer,enquanto
o nosso amor
durou
mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada
Ouvir de novo tua voz seria
matar a sede com água salgada.



2 comentários:

Renata Guidinha disse...

Nossa, hoje com o coração do jeito que está o meu (acabamos de perder o filho de um casal de amigos do peito), dá um nó na garganta ler um poema tão profundo.
Estamos navegando assim um tanto sem rumo, tentando não questionar os planos do Pai.
Um fim de semana com águas doces e cristalinas pra vc, minha querida!
Bjks

manuela barroso disse...

Sabes Leninha, adoro este homem, médico de profissão de caráter forte e poesias maravilhosas.
Escolheste uma poesia que diz tanto! O Silêncio, onde encontramos respostas que se escondem em nós. Lindo.
Um abraço cheio de saudades minha queridaLeninha!